18 ABR 2024 | ATUALIZADO 09:14
ECONOMIA
16/03/2021 15:14
Atualizado
16/03/2021 16:04

"Tá cada vez mais difícil sobreviver sem o auxílio”, diz beneficiária

O benefício começou a ser pago no começo do mês de abril de 2020 para os trabalhadores informais e desempregados para aliviar os efeitos da pandemia na renda, e injetou mais de r$ 290 bilhões na economia

O fim do auxílio emergencial e a alta nos preços dos alimentos já causam impactos nas vendas de mercadinhos e supermercados de todo brasil. Uma queda significativa já e sentida pelos comerciantes seja de pequeno ou grande porte.

É o caso de Alison Carlos, que tem um mercadinho há três anos no bairro Nova Mossoró, ele diz que a chegada do auxílio no ano de 2020 foi muito bom para os comerciantes por que as vendas aumentaram bastante.

“Já esse ano com o fim do auxílio, as vendas caíram um pouco, não só pra mim que sou dono de mercadinho mas também para outros comerciantes de lojas que reclamam que as vendas caíram, muita gente deixou de receber o auxílio e o comércio parou de girar, esfriou, não está mais aquecido, espero que logo esse auxílio volte pra dar uma aquecida no comercio local”. Relata Alison.

Alison comenta que, com o fim do benefício, consequentemente o poder de compra diminuiu e os clientes que antes usavam o auxílio para conseguir comprar os itens básicos do dia a dia, hoje relatam que precisam limitar as compras.

Em relação aos preços dos produtos, Alison comenta que esse também foi um dos motivos que levaram os clientes a comprar menos. “Hoje, o preço dos produtos está bastante aquecido, devido ao aumento dos combustíveis, os preços dos produtos da cesta básica subiram muito, sem lógica, como arroz, feijão, e também a alta procura pelos produtos que chegou a faltar até a quem nos fornecia” destaca.

O comerciante fala que a volta do auxílio emergencial nesse momento iria beneficiar todos os comerciantes “Como trabalhamos com itens essenciais, as vendas caíram, mas ainda conseguimos nos manter, mas se o auxílio retornar as vendas vão melhorar porque quem vai receber vai aumentar seu poder de compra, se ele (auxílio) não vinher, a tendência é cair um pouco” diz.

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Quem mais está sentindo falta do fim do benefício e consequentemente comprando menos, são as pessoas de baixa renda. Francisca Lenilma, moradora do bairro santo Antônio, diz que o auxílio está fazendo muita falta principalmente para quem está desempregado.

“A questão do auxílio é pra quem tá desempregado de tudo, eu recebi as parcelas anteriores de 600 servia bastante, pra quem não tem nenhuma renda de nada ou seja desempregada de tudo” Comenta.

É o caso também de Vandilene Lopes, moradora do sítio Cabelo de Nego, Zona Rural de Mossoró, e mãe de dois filhos “Quando recebia o auxílio era uma ajuda muito boa, eu recebia R$ 600 reais ia no supermercado e comprava alimentos para meus dois filhos, eu só investia em alimentação para meus filhos e agora sem receber tá mais difícil, só recebo R$ 171 reais do bolsa família que não dá pra fazer quase nada, Tá cada vez mais difícil sobreviver sem o auxílio” Conta.

Volta do Auxílio

A volta do benefício depende da aprovação da PEC Emergencial (PEC 186/19), que permite ao governo federal pagar, em 2021, um novo auxílio emergencial para a população vulnerável afetada pela pandemia.

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Congresso promulga PEC emergencial; novo auxílio será entre R$ 175 a R$ 375 por quatro meses.


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