28 MAR 2024 | ATUALIZADO 11:37
EDUCAÇÃO
04/06/2021 15:38
Atualizado
04/06/2021 15:40

Pandemia pode causar perda de 20% da aprendizagem escolar em Português, mostra pesquisa

Além do desempenho acadêmico, baixo rendimento interfere na renda futura. O estudo foi feito com base nos números calculados de acordo com a escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Conforme a pesquisa, estudantes que iniciaram o último ano do ensino médio em 2021 têm cerca de 10 pontos a menos na proficiência nas disciplinas de Português e Matemática, e a perda pode ser ainda maior, chegando a menos 16 pontos caso o ensino remoto seja mantido por mais tempo.
FOTO: REPRODUÇÃO

Divulgada nessa semana, a pesquisa "Perda de Aprendizagem na Pandemia", realizada pelo Núcleo de Ciência Pela Gestão Educacional do Insper e Instituto Unibanc, apontou que alunos do ensino médio que podem concluir a formação básica escolar com 20% a menos de aprendizado em Português.

O estudo foi feito com base nos números calculados de acordo com a escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Conforme a pesquisa, estudantes que iniciaram o último ano do ensino médio em 2021 têm cerca de 10 pontos a menos na proficiência nas disciplinas de Português e Matemática, e a perda pode ser ainda maior, chegando a menos 16 pontos caso o ensino remoto seja mantido por mais tempo.

A consequência vai além do ambiente acadêmico, interferindo na renda futura dos estudantes que podem deixar de ganhar cerca de R$20 mil ao longo da vida, segundo a pesquisa, baseada na estimativa que um ponto a menos em proficiência reduz o salário em 0,5%.

"É preciso ter uma visão intersetorial, interdisciplinar. Para trazer estes alunos de volta e dar bolsa de estudos para eles, criar incentivos para ficarem. Outra ideia é aperfeiçoar a proposta do 4º ano do ensino médio, mas com estímulos para que os alunos queiram permanecer mais um ano estudando", opina o superintendente executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques.

Para reduzir os danos à aprendizagem em, pelo menos 35%, o estudo indica possíveis soluções como: dobrar o engajamento dos estudantes, adotar o ensino híbrido ao longo de todo o 2º semestre de 2021, adaptar currículos e acelerar o aprendizado.


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