29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
MOSSORÓ
Da redação
15/04/2015 08:06
Atualizado
13/12/2018 01:23

Servente é julgado por matar para demarcar território em Mossoró

Tese do promotor de Justiça Armando Lúcio é que Antônio Fabrício matou Cledson Maia para demonstrar assim que quem mandava no "pedaço" (Favela do Pantanal) era ele
Cezar Alves

O Tribunal do Júri Popular se reúne na manhã desta quarta-feira, 15, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, para julgar servente Antônio Fabrício Lopes de Lima, de 25 anos, pelo assassinato de ASG Cledson Soares Maia (24 anos na época do crime), por volta das 23h do dia 1º de novembro de 2008, no bairro Alto da Conceição, em Mossoró/RN.

O julgamento começou de 8h30 com o presidente do TJP, juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, fazendo o sorteio dos sete membros do Conselho de Sentença. Neste caso específico, o Ministério Público Estadual e os agentes que investigaram o caso, concluíram que Antônio Fabrício matou para demarcar território para traficar drogas.

O réu não quis prestar novo depoimento em plenário, ou seja, na frente o Conselho de Sentença. Na polícia, ele contou que era inimigo da vítima e que no dia do crime estava pedalando sua bicicleta pelo bairro Alto da Conceição, perto do Posto de Saúde, quando se encontrou com Cledson. Este teria dito que ia matá-lo e ele sacou o revólver calibre 38 primeiro e efetuou um só tiro, que acertou na altura da cintura.

O tiro acertou o baço e a vítima terminou falecendo quando recebia socorro médico. O caso foi investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Mossoró, que chegou ao nome do suspeito. Antônio Fabrício, que mora no bairro Belo Horizonte e havia matado o seu “inimigo” no bairro Belo Horizonte (Favela do Pantanal) se apresentou e confessou o crime.

O promotor Armando Lúcio Ribeiro disse que a polícia ficou sabendo que fez o crime pelos moradores do bairro, pois o próprio Antônio Fabrício havia afirmado ter praticado o crime como forma de mostrar ser corajoso, capaz de matar. “E este não foi o primeiro crime ele. Já havia matado outra pessoa meses antes, quando ainda era menor”, destaca o promotor.

Armando Lúcio Ribeiro pediu a condenação do réu, que já responde por outros crimes (dano, ameaças, furto e porte ilegal) e atualmente aguarda julgamento preso em Alcaçuz, no município de Nízia Floresta, por homicídio qualificado.

A tese de defesa (de homicídio simples) será sustentada no plenário pela defensora pública Fernanda Greyce Fernandes de Medeiros. No caso do Conselho de Sentença optar por esta tese, o réu pegará cerca de 6 anos de prisão. Se optar por seguir o que pede o promotor de Justiça, o réu pegará de 12 a 30 anos de prisão.

O julgamento deve ser concluído por volta de meio dia, com a leitura da sentença pelo juiz presidente do TJP Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. Condenado ou absolvido, o réu será reconduzido de volta ao presídio de Alcaçuz, em Nízia Floresta, por ser perigoso e para aguardar julgamento por outros processos que responde, inclusive na Grande Natal.

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