21 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:32
POLÍCIA
21/12/2019 12:04
Atualizado
21/12/2019 12:27

Caso Ana Clara: ITEP aponta que a morte foi ocasionado por overdose

Em contato com amigos e familiares, o MOSSORÓ HOJE foi informado de que a jovem estudante não bebia, não fumava e muito menos usava drogas; "Se havia droga no sangue dela, tem que investigar como isto aconteceu", diz amigo de infância
Jovem Ana Clara, que estudava enfermagem na UERN, em Mossoró, morreu no dia 17 de novembro em Apodi e 30 dias depois o ITEP aponta que ela foi vítima de uma overdose de cocaína; Familiares em contato com o MH informaram que ela não bebia, não fumava e muito menos usava drogas; Pedem que a Policia investigue como ela teve acesso e as condições de ingeriu esta droga que a matou

O laudo feito pela equipe médica do Instituto Técnico-cientifico de Perícia (ITEP) apontou que a jovem Ana Clara Ferreira da Silva, de 18 anos, morreu em função de violenta overdose.

Ao tomar conhecimento, os familiares e amigos contestaram, dizendo que jovem Ana Clara não bebia, não fumava e nem usava drogas. "Tinha pavor disto", diz o amigo Leandro

A estudante de enfermagem havia ido com o PM/CE Kliston Sanderson de Albuquerque e dois filhos deste, para um aniversário na cidade de Apodi, no dia 16 de novembro passado.

Após a festa, na manhã do dia 17, a jovem Ana Clara misteriosamente passou mal quarto do hotel onde estava com Kliston e as duas crianças e morreu pouco tempo depois no hospital local.

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As circunstâncias que aconteceu a morte da estudante trouxeram seus familiares da cidade de Beberibe, no Estado do Ceará, a Mossoró. Vieram cobrar investigação no caso das autoridades do RN. 


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O caso já estava sendo investigado tecnicamente. Quando Kliston Sanderson, que é policial no Ceará, fez o BO ma DP de Plantão em Mossoró, os agentes civis de Plantão já desconfiaram da história. 

O agente civil Wilson Filho solicitou na guia de exames cadavérico que o ITEP fizesse exame toxicológico. A história narrada no BO não era compatível com a realidade dos fatos.

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O ato curioso é que ao registrar o BO, o PM Kliston Sanderson citou o nome do hotel errado. Quando chegou no ITEP, o erro foi percebido e ele foi orientado a voltar na DP de Plantão para corrigir o nome do hotel.

Ainda no ITEP, os médicos decidiram fazer uma bateria de exames completo, para apurar o que de fato a jovem estudante de enfermagem havia morrido.  

Enquanto o ITEP dava andamento aos exames, no laboratório em Natal, a mãe de Ana Clara, a dona de casa Ana Claudia, pediu mais atenção das autoridades para o caso.

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A Polícia informou que estava ouvindo as pessoas que estavam no aniversário, do SAMU de Apodi, do hotel que Ana Clara estava e também do Hospital de Apodi, que constatou o óbito. 

O delegado Getúlio Medeiros, de Apodi, também tomou o depoimento da mãe e outros parentes, assim como amigos da jovem Ana Clara em Mossoró.

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O laudo saiu exatamente 30 dias após a morte misteriosa de Ana Clara. O documento foi enviado para o delegado Getúlio Medeiros, de Apodi, anexar a investigação policial. 

Ao MOSSORO HOJE, os familiares e amigos de Ana Clara informaram que ela não bebia e nem usava drogas. “Não gostava nem de refrigerante”, diz Leandro, amigo de infância.

A equipe do MH também teve acesso a vídeo dos últimos momentos de Ana Clara cuidando dos filhos de Kliston Sanderson. O próprio Kliston gravou o vídeo e enviou aos familiares.

Kliston Sanderson, ao passar este vídeo para os familiares via WhatsApp, informou que a jovem Ana Clara passou mal após beber água no hotel. “Água não mata”, diz a mãe Ana Claudia.

As informações do laudo do ITEP serão cruzadas com as informações apuradas pelo delegado junto as testemunhas e, em seguida, o caso será remetido à Justiça de indiciamento ou não de suspeito.

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