23 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:25
POLÍCIA
Cézar Alves
09/04/2023 12:45
Atualizado
09/04/2023 12:59

Assassino de Ana Kaloline senta no banco dos réus nesta segunda-feira (10), em Mossoró-RN

Leido matou a ex-mulher Ana Karoline na frente dos dois filhos, sendo um autista, por não aceitar o fim do casamento. Após o crime fugiu para Catolé do Rocha, onde foi preso e recambiado para ser julgado pela sociedade mossoroense. O TJP deve começar as 9h desta segunda-feira 10. "Esperamos pena máxima", diz vereador Wiginis do Gás, representando a comunidade do Aeroporto II, onde o casal morava com os filhos menores e também local da tragédia.
Leido matou a ex-mulher Ana Karoline na frente dos dois filhos, sendo um autista, por não aceitar o fim do casamento. Após o crime fugiu para Catolé do Rocha, onde foi preso e recambiado para ser julgado pela sociedade mossoroense. O TJP deve começar as 9h desta segunda-feira 10. "Esperamos pena máxima", diz vereador Wiginis do Gás, representando a comunidade do Aeroporto II, onde o casal morava com os filhos menores e também local da tragédia.

O Tribunal do Júri Popular (TJP) volta a se reunir no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, nesta segunda-feira, 10, em Mossoró-RN, depois de uma temporada de recesso. Na abertura dos trabalhos desta pauta do TJP, será julgado o comerciário Franceildo Cardoso de Sousa, o Leido de 27 anos, acusado de matar a ex-mulher Ana Karoline Ferreira de Oliveira, na época com 22 anos, com dezenas de  facadas, na frente de dois filhos pequenos, sendo um autista, no bairro Aeroporto II, em Mossoró-RN.

Motivo do crime:  o acusado não aceitava a separação. A violência empregada e as circunstâncias do caso, chocou a população de Mossoró e região.

Após o crime praticado com requintes de crueldade e extrema frieza, no dia 16 de julho de 2022, Leido fugiu para Catolé do Rocha, na Paraíba-PB, onde foi localizado e preso pela Polícia e depois transferido para ser julgado pela sociedade mossoroenses. Superado todas as fases de instrução do processo, Leido será levado ao banco dos réus nesta segunda-feira.

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No bairro Aeroporto II, onde Leido e Ana Karoline moravam com os dois filhos menores, o clima é de completa indignação. Representando a comunidade, o vereador Wiginis do Gás, disse que o sentimento da comunidade é de total revolta. Ele quer pena máxima para Leido. “É o mínimo que a sociedade mossoroenses pode fazer para este caso”, diz o vereador.

“Imagine você, a criança filha do casal, após assistir a brutalidade extrema do pai, ouviu a mãe pedir água para beber. Dói muito no coração da gente ouvir isto de uma criança tão inocente”, relata o vereador Wiginis do Gás, analisando que a sociedade “não aceita mais comportamento desta natureza tão cruel e perversa”.

Em vídeo, o vereador Wiginis do Gás acrescenta:


A advogado Diego Tobias, que vai funcionar na assistência da acusação, que é feita pelo Ministério Público Estadual, declarou: “É preciso dar um basta nessa violência de gênero que é cometida contra as mulheres. Tenho plena certeza de que nessa segunda os jurados aplicarão a pena máxima, pois essa é uma oportunidade de darmos o exemplo. Esse tipo de crime é hediondo e não será aceito pela sociedade mossoroenses”, declarou.

Tobias disse que analisou várias vezes a apuração da Polícia e a Denúncia do Ministério Público Estadual e ficou realmente tocado, chocado com o nível e frieza, maldade do réu Leido. Para ele, “é um exemplo claro de desprezo total a vida humana. Algo repudiável, inaceitável em todos os sentidos e que a sociedade deve reagir de forma exemplar, para desencorajar crimes desta natureza no futuro”.

A defesa do réu leido, patrocinada pelos advogados Gustavo Martins de Almeida e Vinícius Fernandes de Almeida, não foram localizados pela Redação do MH neste domingo, 9, para comentar o caso. Eles devem atuar, também, durante o Tribunal do Júri Popular, nesta segunda-feira.

O julgamento deve começar às 9h, sob a presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. O Ministério Público Estadual deve ser representado pelo experiente promotor de Justiça Armando Lúcio Ribeiro, que é também professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

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